quarta-feira, 25 de abril de 2007

Superando limitações


Li um artigo bastante interessante sobre a “eficiência” das pessoas com deficiência, referente ao mercado de trabalho para portadores de necessidades educativas especiais. Embora exista uma lei, nº 8.213, de 1991, criada para beneficiar os portadores de deficiências física, mental, visual ou de comunicação, determinando que empresas com 100 ou mais funcionários devem preencher de 2% a 5% dos seus cargos com pessoas portadoras de deficiência ou beneficiários reabilitados, sabemos da dificuldade da inserção desses portadores, mesmo que muitas empresas desenvolvam programas específicos para isso, buscando cumprir a legislação.
Na minha escola, tenho acompanhado e buscado junto à professora da sala de recursos a inserção de um PNEE, no mercado de trabalho, de 16 anos. A professora, por iniciativa própria, já contatou uma rede de supermercados na nossa cidade, onde as vagas para PNEEs já foram preenchidas. As outras tentativas tiveram a mesma resposta. Como acompanhei este aluno no ano passado, também tenho me empenhado para ajudá-lo, até porque ele participava de um programa sócio-educativo da prefeitura, e este ano, ao completar 16 anos, foi desligado automaticamente deste programa.

Por outro lado, se para algumas pessoas cumprir a lei tem sido um pouco complicado, há outras que não sentem dificuldade alguma de contratar portadores de necessidades especiais. Esse é o caso da WMM Talentos - uma empresa focada em gestão do capital humano e responsabilidade social , de Florianópolis, que conta com um “Contact Center”, formado exclusivamente por portadores de necessidades especiais. De acordo com Mônica Morim, gerente de RH da WMM Talentos, a proposta de contratar portadores de deficiências para a área de “call center” surgiu quando a organização foi criada há dez meses e se tornou braço direito da WMM Engenharia - que atua no ramo e telecomunicações. Na ocasião, a diretoria da empresa levou em consideração a crescente demanda desses profissionais na área de atendimento. A gerente de RH afirma que o objetivo da empresa foi criar um segmento de prestação de serviços tendo os portadores de deficiência como um principal diferencial competitivo, demonstrando que é viável a inclusão social de deficientes no mercado de trabalho. São mais de 20 profissionais atuando nas posições de atendimento. Isso mostra que é possível, sim, superar limitações.

Um comentário:

erechim disse...

Ao trabalharmos com os PAs na Escola Imlau de Erechim, conhecemos uma das alunas com deficiência motora ( não mental), mas também tivemos conhecimento que uma outra escola de Erechim, da rede particular, estava procurando pessoas com deficiências para preenchimento de vagas de trabalho em função desta lei criada, prontamente indicamos o nome desta aluna que já está entrando em contato com a escola. Tomara que ela possa ser contratada. E que realmente essa lei possa ser cumprida no Brasil todo.